2025/10/01
Representante da empresa da área dos lacticínios sedeada em Ossela deslocou-se à última Assembleia Municipal de Oliveira de Azeméis para pedir permissão para investir. Em paralelo, decorrem conversações para que negócio saia do concelho.
Algumas empresas têm abandonado, ao longo dos últimos anos, o concelho de Oliveira de Azeméis, essencialmente por dificuldades de expansão do negócio. Há outras que, apesar terem detetado este território como ponto estratégico para a instalação de novas estruturas, têm optado por investir em concelhos vizinhos que apresentam condições mais atrativas. No debate promovido pelo novo canal de televisão regional, Conta Lá, no final de setembro, o atual presidente da câmara municipal, e recandidato a um terceiro mandato, Joaquim Jorge, garantiu estar a trabalhar no sentido de convencer algumas empresas a regressarem ao concelho de Oliveira de Azeméis. Mas a realidade mostra que há mais empresas a ameaçar a abandonar o concelho de Oliveira de Azeméis.
A mais recente trata-se da Indulac - Martins & Rebelo, empresa da área dos lacticínios, a produzir a partir de Ossela. Com necessidade de expansão, a empresa tem feito de tudo para que seja autorizado o seu investimento de expansão na freguesia do concelho de Oliveira de Azeméis, mas em paralelo estão a decorrer movimentações para que o negócio seja concretizado em Vila Franca de Xira.
Um dos representantes da empresa deslocou-se à última Assembleia Municipal de Oliveira de Azeméis do mandato 2021-2025 para pedir autorização de investimento ao executivo municipal.
"Venho em representação da Indulac, que tem mais de três décadas em Ossela. Estamos prontos para um novo investimento, e estamos aqui a pedor que se possa realizar este investimento, que eu sinto que é crucial para a Indulax e para manter a operação em Ossela, pois está a ser ponderado que o mesmo investimento seja feito em Vila Franca de Xira", afirmou António Ribeiro, da empresa osselense, no período dirigido ao público depois da ordem do dia.
A Indulac - Martins & Rebelo é uma empresa familiar, fundada no final dos anos 80, e liderada por Pedro Rebelo, representante da quarta geração da família Rebello, uma das famílias pioneiras no setor e fundadora da Martins & Rebello, em 1901 (empresa que foi a maior da península e uma referência na Europa durante anos)
Atualmente, está especializada no fabrico de queijos tradicionais e outros queijos exclusivos. Detém uma unidade de produção situada junto ao rio Caima, em Ossela. Fornece a grande distribuição, grossistas, canal horeca, retalho especializado e lojas Gourmet. Opera em Portugal, contribuindo também para a elevada taxa de exportação do concelho de Oliveira de Azeméis. Exporta para mais de 10 países, espalhados pelo Mundo, desde 1995