2025/10/01
Elisabete Fernanda Cardoso continua como adjunta no gabinete do vereador Gil Rodrigues. Em 2024 tornou-se funcionária com contrato a tempo incerto. Conheça o perfil da sobrinha do antigo presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira.
Elisabete Fernanda Cardoso foi nomeada, em outubro de 2013, e com efeitos desde o dia 1 de novembro, para o cargo de secretária no gabinete de apoio ao vereador da Cultura da câmara municipal de Santa Maria da Feira. O nome foi sugerido por Gil Ferreira, e autorizado... pelo tio, Emído Sousa, eleito pela primeira vez como presidente da autarquia feirense no dia 29 de setembro de 2013.
A estreia do antigo presidente da câmara municipal de Santa Maria da Feira (e atual secretário de Estado das Comunidades no governo de Luís Montenegro) coincidiu também com a entrada de Elisabete Fernanda Cardoso que até à data não tinha qualquer experiência autárquica. Voltou a ser nomeada para o mesmo cargo em 2017, com o mesmo processo inicial, e em 2021 ascende ao cargo de adjunta, numa nomeação que voltou a ter autorização do tio Emídio Sousa.
Elisabete Fernanda Cardoso foi reconduzida no cargo recentemente. Em nota publicada no Diário da República, a sobrinha de Emídio Sousa voltou a ser nomeada no dia 13 de junho deste ano, a quatro meses das eleições autárquicas do dia 12 de outubro. Foi a primeira vez que a atual adjunta no gabinete do vereador Gil Ferreira viu a sua nomeação a não ser autorizada pelo tio Emídio Sousa. Este ano foi a Amadeu Albergaria a assinar o despacho publicado em Diário da República.
O atual líder da autarquia feirense ascenceu ao cargo de presidente após Emídio Sousa ter saído da autarquia em 2024 para pertencer às listas da AD nas eleições legilstativas em março, e mais recente em maio de 2025. Com a vitória de Luís Montenegro, Emídio Sousa foi para o governo: primeiro como secretário de Estado da Energia, e no atual executico como secretário de Estado das Comunidades.
Publicação em Diário da República da última nomeação da sobrinha de Emídio Sousa, antigo presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira
Com a saída do tio para o governo, Elisabete Fernanda Cardoso também se torna funcionária efetiva da autarquia oliveirense. Iniciou oficialmente funcões na carreira de técnica superior em 1 de outubro de 2024, terminou o período experimental, e a sua contratação defitiva foi homolgada pela veradora do pelouro da Administração, Finanças e Modermização Administrativa, Sónia Azevedo, no dia 22 de abril de 2025.
Registe-se ainda o facto que da lista de seis trabalhores a passarem do período experimental ao vínculo de contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, Elisabe Fernanda Carsoso destacou-se com a classificação mais elevada referente ao período experimental: 18 valores, segundo informação que consta em aviso publicado no Diário da República no dia 12 de maio.
Elisabete Fernanda Cardoso, indicam as notas curriculares publicados nos vários despachos publicados em Diário da República, concluiu a licenciaura em Ciências da Comunicação, no ramo de jornalista, na Universidade Fernando Pessoa no Porto, concluído mais tarde uma pós-graduação em jornalismo especializada no ramo e política. Frequentou igualmente o curso de Gestão de Empresas no Instituto Superior do Entre Douro e Vouga (ISVOUGA).
Na carreira provissional destaca-se o facto de em oito anos ter passado de administrativa pa diretora de expansão em empresa do sector de cortiça. Entre 2004-2009 assumiu as funções de administrativa, de 2009 a 2012 foi diretora de marketing, e no ano de 2012 foi escolhida para diretora de expansão, cargo que ocupou até assumir funções na autarquia de Santa Maria da Feira na área da cultura.
A nomeação de Elisabete Fernanda Cardoso, em 2013, para secretária do gabinete do vereador da Cultura autorizada pelo tio Emídio Sousa, à data de então líder pela primeira vez da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, foi evicencidada pelo programa de informação da RTP, A Prova dos Factos, no dia 19 de setembro.
Na reportagem, o advogado Ricardo Magalhães dava conta que apesar da nomeação ser legalmente possível, era eticamente questionável à luz da transparência. " Sendo a linha de família longínqua, a questão pode não se cololocar de forma direta, não há uma violação da lei, não há uma ilegalidade (...) Mas o ditado popular diz que à mulher de César não basta ser séria, tem de parecer séria. Levantam-se questões ao nível da transparecencia e imparcialidade. Nesse segundo grau de análise houve uma falta de cautela", afirmou à estação pública, sublinhando que para não haver qualquer nuvem sobre o facto, o despacho da nomeçação em causa deveria ter sido assinado pelo vice-presidente da autarquia em 2013.
O atual executivo liderado por Amadeu Albergaria defende que a autarquia agiu dentro da legalidade. "A colaboradora em causa tem apenas um grua de parentesco indireto com o anterior presidente da câmara, Dr, Emídio Sousa, o que não configura qyualquer impedimento legar ou incompatibilidade (...) No pelouro da Cultura estas nomeações têm assegurada a continuidade de um trabalçho exigente e reconhecido, desenvolvido em estreia ligação com os agentes culturais e a comunidade, não tendo sido identificados impedimentos legais", pode ler-ser na resposta enviada ao programa de informação da RTP.
Já Elisabete Fernanda Cardoso considera que associar a sua contratação foi provida de alguma vantagem familiar é ofensiva. "Considerar que essa circuntância teve peso nas minhas nomeações é ofensivo e diminui as minhas capacidade profissionais. O meu trabalho, a expeeriência adquirida, e a confiança do vereador a quem sempre prestei apoi falam por si, tal como o reconhecimento das pessoas que comigo trabalham", afirmou à estação pública.